quinta-feira, dezembro 15, 2005

Sunset

Um copo se espalha pelo chão
em mil pedaços.
Mil gotas de mãos se misturam
aos cacos.

Alguém se põe de joelhos.
Teste de poder.
Alguém pula descalço.
Prova de amor.

No fundo um solo de guitarra.
Quando se suaviza
os olhos caem, os olhos penetram.
O aço dobra.
O aço derrete e se molda em flor.
Uma rosa.
O cinza quando quente é rosa.
O rosa quando frio é cinza.

Um homem de joelhos, uma rosa de aço,
um copo e, mil gotas de uma mão em pedaços.
"Bem vindos à floresta!"

As gotas de mãos são doces.
Cabelos lisos, compridos e perfumados.
Sinto que vou me repetir.

Há dança, saltos, os olhos pulam,
os olhos repousam. Todos seguem.
São seguidos.
Cada um pega uma rosa de aço,
cada rosa de aço pega um.

Há fogo, há calor...
"Bem vindos à floresta!"
Há amor...


*Ultima poesia minha do ano... Mas ano que vem eu volto, feliz natal e ano novo...*