sexta-feira, abril 27, 2007

Escrito nas coxas...
Buscando algo, em exploração constante, averiguando cada canto, cada canto branco de pele, averiguando cada pequena ilha.
"Abre os olhos"
Testa colada, sorriso, medo.
"Convido?"
Tem que ser jogo rápido, mesmo querendo eternidades. Nem sempre a porta fica fechada e a casa vazia. Nem sempre o pra sempre é essa noite, mas tem que começar por algum lugar.
"Que filme quer ver?"
A pergunta que não tem a minima importância é feita e respondida indecisamente, não importa. Com três filmes nas mãos a escolha é feita.
"Ansiedade. Pensar em você cansa.."
"Tava com saudades."
"Estranho, porque nem te conheço."
"Signo de água.. Você sabe o que quer dizer?"
Entendo perfeitamente e mergulho nas profundezas de um signo de água. Que não se molda, que pode ser quente ou frio. Era quente. Indecisão de mãos, braçadas, respiração ritimada, preciso de folego.
"Quando faço muito disso sinto gosto de sangue.." - Penso.
E o convite foi feito e aceito, e dos medos a confirmação da ambiguidade.
Contentar-se de sentar em praças e conversar? Sim, mas não é preciso.

Acaricio seu peito e espero você me pedir vinho. Você bebe? Não me lembro. Bebe, bebe sim. Desse você bebe.
Escrita profética, a mais divertida.
Seu cabelo, espetado pinica minhas mãos abertas. Conversa.
"Pensei que você fosse pensar mal de mim.."
"Poderia pensar, mas de mim você pensaria pior."
Signo de água e signo de ar. Temperamento fleumático com temperamento sanguineo. Dá certo?

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