domingo, abril 03, 2005

Fim de semana em aberto

Tudo é tão falso que até entristece, mas dai eu tava pensando sobre alguns conceitos budistas e tudo voltou a fazer sentido, fazer sentido daquele jeito que as coisas podem fazer sentido, ou seja, não fazendo. Nenhuma pergunta foi respondida, tudo ficou na mesma, todo mundo tem uma resposta pra tudo, menos para as perguntas que eu tenho... Ah eu preciso de um amigo, não de uma pessoa que me fale que tudo vai ficar bem, que tudo vai dar certo, eu preciso de alguém que eu queira ser, é isso, eu não preciso de um amigo, eu preciso de um exemplo, alguém que tenha vivido o que eu quero viver e que possa me responder e me entender, que nem na musica The Boy With Thorn in His Side dos Smiths, quando ele fala : - E quando você quer viver, como você começa? Onde você deve ir? Quem você precisa conhecer? alguma coisa deste tipo que eu preciso, enfim, vamos por os pingos nos is, eu não sou feliz, pronto falei, a vida é tão tediosa, falsa, desnecessária, eu queria ser parte do esquecimento ou algo do genero, eu queria fazer alguma coisa que realmente me tocasse, e não apenas viver por viver, eu queria fazer alguma coisa que realmente me fizesse querer acordar de manhã, eu estou tão cansado de ficar anestesiado do mundo no mundo, voltando ao exemplo que eu quero seguir, pensando bem não precisa ser um exemplo, poderia ser alguém para seguir comigo... Tudo parece tão bom na teoria, lembrar do que nunca aconteceu dá um tom bonito pra vida, mas só, e este tom nem é tão bonito quanto um tom de uma vida... Bom, eu quero por um fim nisso, no texto, por isso eu vou deixar em aberto por falta de fim... Pensando bem um bom fim seria a musica abaixo, dos Smashing Pumpkins, acho que todos conhecem, até semana que vem...
1979
Dureza 1979, garotos legais nunca têm vez
Num cabo elétrico bem encima da rua
Eu e você nos encontraremos
Besouros ricocheteiam como pedras
Com os faróis apontados pro amanhecer
Estavamos certos de que nunca veríamos um fim praquilo tudo
E eu nem me importo de me livrar desse uniforme azul
E nós não sabemos
Onde nossos ossos descansarão
Virarão pó, suponho
Esquecidos e absorvidos pela terra
Sacaneie os ociosos e entediados
Eles não tem certeza do que nós temos guardado
A Cidade-Morfina cobrando taxas até ver
Que nem nos importamos, incansáveis que nós somos
Sentimos a influência na terra das milhares de culpas
E do cimento derramado, lamentado e autorizado
Nos faróis e cidades da Terra
Mais rápido do que a velocidade do som
Mais rápido do que pensávamos que iríamos
Coberto pelo som da esperança
Justine nunca conheceu regras
Se Uniu aos Dementes e Doentios
Desculpas nem precisam ser pedidas, Te conheço melhor do que
você finge
Pra Notar, que nós nem nos importamos de nos livrarmos do
uniforme azul
E nós não sabemos onde nossos ossos descansarão
Virarão pó, suponho
Esquecidos e absorvidos pela terra
A rua intensifica a importância de ecoar
Como dá pra ver não há ninguem por perto

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